Rejeitado por Bolsonaro e Mauro, Wellington articula chapa com o PT

Com quase 28 anos exercendo mandato eletivo, sendo seis de deputado federal, o senador Wellington Fagundes (PL) está enfrentando dificuldades para viabilizar sua candidatura à reeleição no pleito do próximo ano. Sem grupo político, Fagundes não conseguiu emplacar sua pré-candidatura no núcleo político comandado pelo governador Mauro Mendes (DEM), até o momento.

Por influência do ex-ministro Blairo Maggi (PP), Mauro já bateu o martelo e garantiu que o candidato ao Senado em sua chapa será o deputado federal Neri Geller (PP), segundo informações colhidas pelo MINUTO MT. Sem espaço no grupo político do governador e rejeitado pela direita ligada ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Wellington busca uma terceira via costurando uma chapa ao governo e Senado com os partidos considerados de centro-esquerda e esquerda como o PV, PT, PCdoB, PSOL, Rede e PDT.

A informação de uma fonte ligada ao Partido Liberal, que é comandado em Mato Grosso por Wellington, é de que a intenção do senador é articular uma candidatura ao governo tendo o PT como cabeça de chapa. Para isto, ele teria se reunido com a cúpula petista, entre eles, os deputados estaduais Valdir Barranco e Lúdio Cabral e o ex-juiz federal e eterno candidato, Julier Sebastião da Silva. Dobradinha com o partido de Lula, aliás, não seria novidade pra Fagundes, que assim fez, inclusive, em sua candidatura derrotada ao Governo de Mato Grosso, em 2018.

No encontro com os petistas, foi analisado a possibilidade de Julier ser candidato ao governo tendo Fagundes na disputa pelo Senado. “Uma aliança com o PT seria o plano B do senador Wellington Fagundes. Na verdade, ele sonha em ser candidato com apoio do presidente Bolsonaro. No entanto, vem encontrando resistência com relação ao seu nome do próprio presidente e, principalmente, de seus eleitores. A tentativa de colar no Bolsonaro para conquistar seu eleitorado não deu certo”, revela uma fonte ligada a Fagundes.

A aliança com o PT garante palanque para o candidato a presidente da sigla, Luiz Inácio Lula da Silva, em Mato Grosso. A possibilidade de apoiar Lula não seria problema para Wellington Fagundes, pois ele teve apoio do PT na eleição para o governo em 2018. Além disso, foi um dos principais aliados dos governos de Lula e Dilma Rousseff (PT) na Câmara Federal e no Senado. Outra crise na frágil pré-candidatura de Wellington é a cooptação dos prefeitos do PL pelo grupo de Mauro Mendes.

Com oito prefeitos, em sua maioria de municípios pequenos (Conquista D’Oeste, Dom Aquino, General Carneiro, Itanhangá, Novo Mundo, Novo São Joaquim, Sapezal e Vila Rica), o parlamentar já foi informado que pelo menos metade dos prefeitos já estão negociando apoio a Neri Geller com a tutela do governador. Quem está tentando manter a pequena base aliada de Fagundes é a deputada estadual Janaina Riva (MD), que é nora do senador e principal articuladora de sua reeleição. Apesar das sucessivas negativas, Riva ainda não desistiu de emplacar o nome de Wellington na chapa encabeçada por Mauro Mendes.



Rádio Master/MinutoMT

Categoria:Política